"... a fruição do prazer está separada do trabalho, os meios do fim, o esforço da recompensa. Eternamente acorrentado a um único e diminuto fragmento do todo, o homem configura-se apenas como um fragmento; escutando sempre e apenas o monótono rodopiar da roda que ele faz girar, jamais desenvolve a harmonia do seu próprio ser e, em vez de dar forma à humanidade que existe em sua natureza, converte-se em simples marca de sua ocupação, de sua ciência."
Schiller, Cartas Sobre a Educação Estética
10 de set. de 2008
"Tudo passa, tudo retorna, a roda da existência gira eternamente. Tudo morre; tudo torna a florescer; correm eternamente as estações da existência.
Tudo se destrói, tudo se reconstrói, eternemente se edifica a mesma casa da existência. Tudo se separa, tudo se saúda outra vez. O anel da existência conservou-se eternamente fiel a si mesmo.
A todo instante a existência principia; em torno de cada aqui, gira a esfera acolá. O centro está em toda parte.
Tortuosa é a senda da eternidade."
Nietzsche, Assim falou Zaratustra
Tudo se destrói, tudo se reconstrói, eternemente se edifica a mesma casa da existência. Tudo se separa, tudo se saúda outra vez. O anel da existência conservou-se eternamente fiel a si mesmo.
A todo instante a existência principia; em torno de cada aqui, gira a esfera acolá. O centro está em toda parte.
Tortuosa é a senda da eternidade."
Nietzsche, Assim falou Zaratustra
Além Sois
somente nave vagando em ruínas carcomida pelos confins do espaço sideral
[ou seria ruína de estação espacial?]
uma carcaça-humana em um planeta de barro
buracos nas montanhas, casas nas cavernas
asas brotam da carcaça carcomida
fezes e formigas são atiradas pelos megafones
girafas de duas pernas de terno e cigarrilha
apontam no céu vinho, refletindo os sóis
outrora carcaça irrompendo além
por D. Tucci
[ou seria ruína de estação espacial?]
uma carcaça-humana em um planeta de barro
buracos nas montanhas, casas nas cavernas
asas brotam da carcaça carcomida
fezes e formigas são atiradas pelos megafones
girafas de duas pernas de terno e cigarrilha
apontam no céu vinho, refletindo os sóis
outrora carcaça irrompendo além
por D. Tucci
como onda que vem e encharca
aquele sabor selvagem do mar
cristalizado na serra
transcendemos, graciosa personagem
posso notar em ti rebeldia arisca quase caribenha
escorrendo em sua pele branquinha
portos, águas
fogo intenso e muito calor
transborda
em olhares curtos e gulosos
afiados e aquele carisma
pirata [e cigano (?)]
beija de língua o mar e ataca
encina palavrões para sua maritaca
[tudo é possível pois estamos no espaço-tempo parahytinga
onde todos os lugares são possíveis]
por Dan Tucci
aquele sabor selvagem do mar
cristalizado na serra
transcendemos, graciosa personagem
posso notar em ti rebeldia arisca quase caribenha
escorrendo em sua pele branquinha
portos, águas
fogo intenso e muito calor
transborda
em olhares curtos e gulosos
afiados e aquele carisma
pirata [e cigano (?)]
beija de língua o mar e ataca
encina palavrões para sua maritaca
[tudo é possível pois estamos no espaço-tempo parahytinga
onde todos os lugares são possíveis]
por Dan Tucci
Odeio-te
Odeio carros e o barulho de seus motores, sua fumaça e os combustíveis que consomem, o espaço físico que tomam nas cidades, as mortes e acidentes causadas por eles e seus motoristas. Odeio gente que se acha mais do que outras pessoas por que possui carro e odeio mais ainda pessoas que valorizam alguém por possuir carro.
Odeio asfalto, faróis de veículos batendo na vista, faróis de trânsito, placas de trânsito, guardas de trânsito.
Odeio fábricas, montadoras e lojas de carros. Odeio que quem compra carro. Odeio quem vende. Odeio pneus e seus cemitérios. Odeio "marias-gasolina" e "co-pilotos".
Odeio oficinas mecânicas, funilarias, borracharias, auto-elétricas, auto-peças...
Odeio ruas, avenidas, cebolões, viadutos, pontes e a forma como a estrutura e a paisagem das cidades são defenestradas em função dos carros.
Odeio buzinas, som alto em carro de playboy otário e aqueles carros que passam com caixa de som encima fazendo propaganda.
Odeio ver carros. Odeio propaganda de carros. Odeio competições de som em carros, rachas, ralies, grande-prêmios e etc.
FODA-SE SEU CARRO! Vou explodi-lo.
Odeio asfalto, faróis de veículos batendo na vista, faróis de trânsito, placas de trânsito, guardas de trânsito.
Odeio fábricas, montadoras e lojas de carros. Odeio que quem compra carro. Odeio quem vende. Odeio pneus e seus cemitérios. Odeio "marias-gasolina" e "co-pilotos".
Odeio oficinas mecânicas, funilarias, borracharias, auto-elétricas, auto-peças...
Odeio ruas, avenidas, cebolões, viadutos, pontes e a forma como a estrutura e a paisagem das cidades são defenestradas em função dos carros.
Odeio buzinas, som alto em carro de playboy otário e aqueles carros que passam com caixa de som encima fazendo propaganda.
Odeio ver carros. Odeio propaganda de carros. Odeio competições de som em carros, rachas, ralies, grande-prêmios e etc.
FODA-SE SEU CARRO! Vou explodi-lo.
Flashback Urbanóide
cabuladas e fliperamas
asfalto molhado de chuva à noite
tantos anéis nos dedos que mal consigo pôr as mãos nos bolsos
fones nos ouvidos e ônibus lotados
calça rasgada no joelho
trem desliza pelo avesso da cidade
rolês pelo centro
rebeldias incontidas & fugas para o mato &
histórias em quadrinhos
duas salsichas verdes no dog do centrão
50 cents no único bolso não furado
por Dan T.
asfalto molhado de chuva à noite
tantos anéis nos dedos que mal consigo pôr as mãos nos bolsos
fones nos ouvidos e ônibus lotados
calça rasgada no joelho
trem desliza pelo avesso da cidade
rolês pelo centro
rebeldias incontidas & fugas para o mato &
histórias em quadrinhos
duas salsichas verdes no dog do centrão
50 cents no único bolso não furado
por Dan T.
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